segunda-feira

Despesas Estado gasta mais em consultoria externa numa semana do que em comida

Segundo uma análise levada a cabo pelo jornal i aos contratos de aquisição de bens e serviços publicados no Portal Base, foram despendidos 3,5 milhões de euros na contratação de consultores externos por parte de organismos públicos, e 2,6 milhões em alimentação (produtos alimentares e refeições confecionadas).

E foi um contrato do Banco de Portugal, que pagou 322,2 mil euros por 32 dias de consultoria financeira, o vencedor da despesa mais alta que se registou na semana passada. Este é já o segundo ajuste direto que o banco central celebrou junto da mesma consultora, a Oliver Wyman, no espaço de menos de um ano: em maio de 2013, havia já contratado os seus serviços por 483 mil euros, isto por um período de 98 dias, realça o i.

Refira-se que entre os dias 22 e 28 de março, até às 16h00, foram publicados, em termos globais, 1.675 contratos, perfazendo um montante de 93,6 milhões de euros gastos pelo Estado.
Construtoras (42,5 milhões) e laboratórios farmacêuticos (10,7 milhões) foram, deste bolo, as empresas que, no total amealhado, lideraram o ranking da maior fatia de dinheiro cortada aos cofres públicos no intervalo de tempo em apreço.

_____________

Obs: Há, seguramente, algo de profundamente errado na gestão global da contratação destes serviços. Sobretudo serviços, em que o Estado tem algum espaço de manobra através das centenas de juristas que trabalham nas suas estruturas, e nem todos serão impreparados. 

Talvez fosse chegado o momento destas contratações passarem por um outro tipo de crivo a fim de se compreender quem, de facto, beneficia com as abusivas contratações de consultorias externas que representam um terrível sorvedouro das receitas que o Estado cobra aos contribuintes. 

Etiquetas:

Carta Governo pediu 'socorro' ao FMI para dívidas das empresas: a bipolaridade política de Pires de Lima

ECONOMIA
Governo pediu 'socorro' ao FMI para dívidas das empresas


Obs: O ministro da Economia - em resultado do endividamento das empresas nacionais - não hesita em pedir ajuda ao FMI para que este facilite a reestruturação das empresas; mas, pelos vistos, muda frontalmente o seu critério tratando-se da urgente reestruturação da dívida pública. 

O País já se habituou a ver neste projecto de ministro uma estranha bipolaridade política: quando estava fora do Governo falava grosso e defendia uma descida do IVA escandaloso (a 23%) da restauração. Quando Paulinho o meteu no governo, traiu o sector e revelou subserviência a um primeiro-ministro incompetente apenas para se manter no cargo.

Agora defende a reestruturação da dívida das empresas privadas solicitando, para o efeito, o auxílio do FMI, mas opõe-se frontalmente à utilização dessa orientação para a dívida pública - de que depende a sustentabilidade da economia portuguesa nas próximas décadas.

Pires de Lima até a avozinha venderia se lhe prometessem a eternidade.

Lima não é um ministro, é uma cambalhota que há muito já deveria ter resignado ao cargo, quer por grosseira falta de autoridade política, quer ainda por ser imoral e contraditórias as suas lamentáveis posições. 

Enfim, uma verdadeira bebedeira política. Eis o "contributo" de um gestor duma cervejeira para a degradação da vida política em Portugal. 


Etiquetas: , , ,

Segundo o Doutor Marcelo...

... esta é, hoje, definitivamente a INVERTEBRADA e GELATINOSA imagem duma Europa que perdeu força, status quo no mundo e profundamente dependente da Alemanha de Merkel. Isto não é bom para Portugal, nem para a Europa. 

- Se alguma dúvida houvesse acerca da intenção (mais recôndita) de Marcelo se candidatar a Belém - ela ficou hoje dissolvida. Como apresentada ficou a motivação oculta do mordomo da Europa que, um dia, DESERTOU  de Portugal por carreirismo e ambição pessoal. 

- Talvez nunca como agora Marcelo Rebelo de Sousa foi tão clarividente (e sincero). 

Etiquetas: , , , ,

domingo

Mais de 5 mil assinaram petição do Manifesto 74


Jorge Miranda é um dos subscritores do manifesto

A petição foi disponibilizada pelo movimento Manifesto 74, que reúne personalidades de todos os quadrantes da sociedade portuguesa, e necessitava de um mínimo de 4 mil assinaturas para ir a discussão no parlamento.

Às 23:45 deste sábado tinha 5.085 signatários.

A petição visa que os deputados aprovem "uma resolução recomendando ao Governo o desenvolvimento de um processo preparatório tendente à reestruturação honrada e responsável da dívida", como se salienta na página oficial do Manifesto 74.

"O abaixamento significativo da taxa média de juro do 'stock' da dívida, a extensão de maturidades da dívida para 40 ou mais anos e a reestruturação, pelo menos, de dívida acima dos 60% do Produto Interno Bruto (PIB), tendo na base a dívida oficial", são as condições preconizadas pelos signatários.

A iniciativa do Manifesto 74 visa ainda que a Assembleia da República desencadeie "um processo parlamentar de audição pública de personalidades relevantes" sobre a reestruturação da dívida de Portugal, contraída no âmbito do programa de reajustamento.

O constitucionalista Jorge Miranda, um dos subscritores da petição à Assembleia da República, realçou este sábado a necessidade de aprofundar o debate na sociedade, porque, salientou, "o problema vai-se agravando".

Jorge Miranda disse que "o sentido essencial da petição" é o de "tornar patente perante a Assembleia da República, perante o órgão representativo dos cidadãos, o órgão por excelência do mundo democrático, toda a problemática que está à volta da dívida e a necessidade de reponderar o problema, o que não tem sido feito até agora".

"À medida que o tempo vai passando e que os juros da dívida vão sendo pagos, não nos conseguimos libertar da dívida e o problema vai-se agravando", considerou o constitucionalista.

Além de Jorge Miranda, assinaram a petição Alfredo José de Sousa (ex-provedor da Justiça), Lídia Jorge (escritora), Pinto Ramalho (ex-chefe do Estado Maior do Exército), Melo Gomes (ex-chefe do Estado Maior da Armada), Januário Torgal (ex-bispo das Forças Armadas), Seixas da Costa (ex-secretário de Estado dos Assuntos Europeus), Eugénio da Fonseca (presidente da Cáritas Portuguesa), Pacheco Pereira (professor universitário) e Ana Gomes (eurodeputada), entre outros.

O Manifesto 74, intitulado "Reestruturar a dívida insustentável e promover o crescimento, recusando a austeridade", foi igualmente subscrito por 74 economistas estrangeiros.
_______________

Obs: Portugal tem um Governo que julga que governar um povo passa por atitudes discriccionárias, arbitrárias de tipo ditatorial - como decorre das inúmeras vezes em que o XIX Governo tem violado grosseiramente a CRP. 

É também um governo de gente desmesuradamente impreparada que actua com grande insensibilidade social, a começar pelo ainda primeiro ministro.

Presume-se que gente deste quilate já não é convencida com manifestos e petições. Tem mesmo que sair à força, e como Cavaco não viabiliza essa via, que seria a mais realista, atento o interesse nacional, a resposta para essa urgente demissão do governo passará pela reacção da sociedade. Ainda que essa reacção seja infra-estruturada com este tipo de petições e de manifestos. 

Etiquetas:

Perante esta narrativa desesperada...


... valerá a pena crer que as propostas do Manifesto dos 70 (já apoiado por economistas de reputação mundial, como J. Stiglitz), representa uma alternativa credível ao referido programa cautelar e à estabilização, crescimento e desenvolvimento da economia portuguesa. 

Já se percebeu que estes problemas não se resolvem com a crónica impreparação do Governo nem com o discurso alarmista de Cavaco, segundo o qual Portugal empobrecerá até 2035. 

Urge tentar algo diferente para sairmos do buraco em caímos. 

Etiquetas: ,

sábado

O CANDIDATO - por Luís Menezes Leitão -

Link

Esta entrevista constitui a demonstração acabada para quem tivesse dúvidas de que Durão Barroso não quer outra coisa do que ser candidato a Belém, e que tem o apoio do actual Governo para lá chegar. Há muito que se viam sinais nesse sentido. Primeiro foram as contínuas peregrinações de Passos Coelho a Bruxelas ou às sucessivas homenagens que Barroso ia recebendo pela Europa. Depois foi a sucessiva ascensão de barrosistas no PSD e a sua inclusão no Governo, onde até o antigo chefe de gabinete de Barroso foi feito secretário de Estado e conservado depois do desastre comunicativo desta semana. E finalmente ocorreu a tentativa de rejeitar logo no Congresso a candidatura de Marcelo Rebelo de Sousa, que este habilmente desmontou com uma intervenção que pode ter tocado o coração dos militantes mas manifestamente não conseguiu convencer Passos Coelho.

O problema de Durão Barroso é que o seu abandono em 2004 e a sua desastrada actuação na comissão europeia causou tão profunda irritação nos portugueses que ele sabe que não tem a mínima hipótese de ser eleito, mesmo com o apoio do PSD e do CDS. Ensaiou por isso uma estratégia simples. As sondagens demonstram que o PS vai vencer as próximas eleições, mas não terá maioria para governar. Como não é credível que o PS se alie ao PCP ou ao BE e com o CDS não deve ter condições para formar maioria, atento o previsível castigo que os pensionistas, seu eleitorado tradicional, lhe vão aplicar, resta apenas o PSD para formar governo com o PS. Ora, como se sabe que Passos Coelho não sobreviveria a uma derrota eleitoral, o que Durão está a dizer publicamente a António José Seguro é que neste momento, com os seus homens em lugares-chave, já tem o partido na mão e que oferece o apoio do PSD a um governo PS a troco de um apoio do PS nas presidenciais. Assim já conseguiria ser eleito como os exemplos históricos têm demonstrado em relação a um candidato apoiado pelos dois maiores partidos. Eanes teve 61% dos votos em 1976 e Soares 70% dos votos em 1991. Apoiado pelos dois maiores partidos, e até eventualmente pelo CDS, Durão Barroso teria seguramente muito menos votos, mas os suficientes para ser eleito. Aliás, já começou na entrevista a inverter o discurso, proclamando a sua paixão pelo país, a sua simpatia pelas classes sacrificadas e a declarar ter avisado Passos de havia limites para esta política, tudo a contrastar com as suas anteriores declarações de que que estaria o caldo entornado se o país não aplicasse as medidas de austeridade que lhe foram exigidas.

Resta saber apenas duas coisas: o pensam do negócio que hoje é proposto por Barroso os militantes do PS e do PSD. Palpita-me que a resposta não vai ser do agrado dele.

Etiquetas: , , ,

Imagens de um Portugal sitiado. O realismo fantástico da politica lusa

Se quiséssemos recriar uma realidade alternativa para caricaturar a incompetência, a impreparação e os múltiplos dislates deste governo (ainda em funções!!!) o nosso esforço, provavelmente, jamais seria compensado pelo resultado. Porquanto a realidade dos nossos dias acaba sempre por surpreender e, desse modo, ultrapassar níveis de ficção que pudéssemos conceber em narrativas alternativas. 

Em África, o alegado primeiro ministro, comporta-se da forma surreal como acima é descrito. Fá-lo por mero demopopulismo, que ele julga facilitará os negócios entre os dois países unidos pela língua de Camões, mas onde, curiosamente, o inglês hegemoniza. Para Moçambique, o conceito de Lusofonia deve significar tanto como o conceito Competência na pessoa do dito demopopulista de Massamá. 

Pior ainda é quando se utilizam serviços e estruturas do Estado para promover marcas e iludir um povo exangue, de tão esbulhado que tem sido por um escol dirigente desnorteado e instável que nem sequer é merecedor dos serviços do Estado - que deveriam estar ao serviço do bem comum, com insenção, imparcialidade e rigor, e não convertê-los em máquinas de propaganda da registadora do Terreiro do Paço. 

Estes dois miseráveis exemplos demonstram que passou a valer tudo em Portugal. Regredimos décadas, uma circunstância que empurra Portugal para a categoria quarto-mundista da Europa. Curiosamente, a mesma Europa de Barroso, subserviente a uma Alemanha hegemónica e egoísta que está a destruir o pilar solidarista dos fundamentos que asseguraram a construção europeia do pós II-Guerra Mundial, tributária de Robert Schuman, Jean Monnet, Alcide Gasperi, Konrad Adenauer, P. Henri Spaak, entre outros. 

Imagens dum Portugal sitiado de que urge escapar rapidamente. 




Etiquetas:

sexta-feira

Evocação de Chateaubriand

A ambição de quem não tem capacidade é um crime.
Chateaubriand


Recupero esta imagem do amigo Jumento, postada em 2007, num outro contexto. Certamente negativo para Portugal e para as relações internacionais. 


Etiquetas:

Barroso fala como um aristocrata rico e anafado

Durão Barroso, que tem empobrecido o status quo da Europa no mundo, comporta-se como um aristocrata rico e anafado que olha para Portugal como - aquele país - que não pode "reestruturar a dívida" porque, alega, os investidores internacionais e os mercados logo associam aquele conceito ao perdão da dívida e à irresponsabilidade dos compromissos.


Pobre Barroso, ex-mordomo da Europa que preparou o caminho a G.W.Bush na invasão do Iraque - que lhe preparou o caminho para a CE, não consegue elaborar um discurso político que vá além dos fracos argumentos utilizados por Cavaco na recusa à dita reestruturação da dívida que hoje empobrece progressivamente Portugal e os portugueses. 

Eis um pequeno retrato daquele que, a dado momento da história, desertou do país deixando-o entregue a um impreparado e incompetente player, S. Lopes, que empurrou a economia nacional para um dos semestres mais negros da história colectiva. Um período só suplantado na desgraça pela prática destes últimos três anos de desgraça a que nos tem conduzido o XIX Governo (in)Constitucional.

Este é o Barroso do consenso podre - que pretende que algo mude para que tudo fique na mesma. 


Etiquetas: ,

A mentira política como forma de governar do XIX Governo (in)Constitucional. Serão os velhos destes países que farão cair a nódoa do governo




Um secretário de Estado, Leite Martins (abaixo na imagem), procurou fazer mais um teste para conhecer as reacções das pessoas e da opinião pública (e publicada) em geral. Fê-lo, seguramente, a coberto e a pedido da ministra das Finanças, a Miss Swaps, conhecida por cometer sucessivos actos de PERJÚRIO no Parlamento por causa dos contratos de risco que fizeram perder milhões de euros ao Estado, a todos nós que o alimentamos. 

Recorre, assim, a um expediente conhecido pela técnica de comunicação política: o proof-lies, um dispositivo que visa por em marcha na sociedade “mentiras experimentais”, que representam uma espécie de sondas que têm por finalidade colocar a primeira “carga de explosivos” (redução das pensões de reforma). 

Aqui o objectivo é duplo: ver como se comporta o “detonador” em termos sociais lançado por essa mentira experimental e, ao mesmo tempo, conhecer as reacções a ela e, desse modo, ir corrigindo a rota, ajustando o discurso tapa-buraco, como faz Paulinho Portas no Parlamento. Tem sido este o método de trabalho - pérfido e vil - de governo imposto por Passos Coelho.

O objectivo de fundo consiste nos cortes das pensões para corrigir o desequilíbrio das finanças públicas e agradar à troika, antes desta sair da "colónia". E fazer depender o valor daquelas ao comportamento do crescimento da economia e à taxa de natalidade, o que é um absurdo além de anti-constitucional e ilegítimo. 

Vivemos, assim, um período da nossa história colectiva em que os agentes políticos não são dignos de confiança, comportam-se como pessoas de má fé em nome do Estado para atingir os seus objectivos politico-partidários e iludem as pessoas cujos interesses deveriam acautelar e promover.

Pergunto-me como é que não morrem mais idosos em Portugal na sequência da instabilidade gerada neste sector, que compromete o planeamento diário de vida dos idosos em Portugal. 

Uma outra questão: onde é que se meteu o ministro Pedro Mota Soares, o ministro-lambreta, que supostamente deveria ter uma palavra a dizer numa área governamental directamente tutelada por si, e não esconder-se atrás das "saias políticas" do ministro dos submarinos, Paulinho Portas?!! Em Portugal está tudo invertido, não há rei nem roque.  Chegámos aos mais profundo achincalhamento das instituições do Estado que é manchado diariamente pelos estarolas que assaltaram S. Bento. 

Dito isto, urge perguntar: quem nos protege deste governo de mal feitores que recorre sistematicamente ao expediente da manha e da mentira política como forma de governar os assuntos da polis?!

Até quando Cavaco continua impávido e sereno a suportar este integral logro político?!


Polémica sobre pensões foi 'criada' por secretário de Estado
___________________


Etiquetas: , , , , , , ,

quinta-feira

Já nem os colaboradores de Salazar...



... estão dispostos a avalizar as políticas erradas e cegas de Passos Coelho, como Jacinto Nunes demonstra no texto infra. Certamente, não será só por causa da sua concepção de democracia (pouco pluralista - e sistematicamente violadora das leis da Constituição da República Portuguesa que o Tribunal Constitucional faz o favor de recordar), mas porque o ainda primeiro ministro, de per se, é tremendamente incompetente. 

Isto vindo donde vem, é duplamente verdade. 

Etiquetas: ,

Jacinto Nunes critica governo “sem ideias” e defende reforma política


Jacinto Nunes critica governo “sem ideias” e defende reforma política



O economista Jacinto Nunes afirmou que o atual governo “não tem força, não tem ideias e não tem estratégia” e defendeu uma reforma política para que possam ser feitas reformas estruturais.
“O poder político está subordinado ao poder económico”, acusou o ex-ministro das Finanças, numa entrevista à Lusa no âmbito dos 40 anos do 25 de Abril.

“Por exemplo, a EDP, o menino Mexia faz o que quer e sobra-lhe tempo”, criticou o antigo governador do Banco de Portugal, apontando que se não fossem dadas tantas facilidades à empresa de energia, “que tem rendas excessivas”, “já não iam (cortar) às pensões de sobrevivência das viúvas”.

“Acho que este governo não tem capacidade, não é uma questão política”, afirmou Jacinto Nunes, 88 anos, que integrou o governo de António de Oliveira Salazar como subsecretário de Estado do Tesouro, ainda na década de 1950, liderou o Banco de Portugal após o 25 de Abril, foi presidente da Caixa Geral de Depósitos e depois integrou um governo chefiado por Mota Pinto como ministro das Finanças e do Plano durante nove meses (1978-1979).
“Não houve muita gente que estivesse no poder antes e depois do 25 de Abril, mas sabe, eu não era político, nunca fui a um comício, nunca fiz parte da União Nacional, nunca fiz um discurso político. Quando veio o 25 de Abril, as pessoas aceitaram-me”, afirmou.
Num balanço dos três ‘D’ que constavam do programa do Movimento das Forças Armadas (Desenvolver, Descolonizar, Democratizar), Jacinto Nunes considera que o primeiro ainda não está completamente cumprido.
“O país desenvolveu-se muito, mas continuamos na cauda da Europa. A descolonização, fizemos, e bem e a democratização fez-se, embora a nossa democracia esteja muito mal, pessimamente”, considerou.
Na opinião do economista, o Parlamento limita-se a sancionar os diplomas do governo.
“Não conseguimos dar a volta a este país, mesmo estas reformas estruturais, não conseguimos fazê-las sem uma reforma política”, defendeu.
“Temos de mudar a lei eleitoral”, indicou, acrescentando que metade dos deputados deve ser indicada pelos partidos e os outros escolhidos localmente e que deve haver uma redução de 230 para 180 deputados.

Obs: Salazarista sem o ser - não deixa de ser curioso que até alguém que trabalhou no ancien regime registe os erros, a incapacidade e a cegueira do XIX Governo (in)Constitucional. Pobre Passos Coelho - que nem já os colaboradores de Salazar o defendem. 



Etiquetas:

Europe: How to Stabilize Ukraine: Focusing on three things – jobs, trade and free travel – can work wonders


Europe: How to Stabilize Ukraine



February 21 anti-government rally in Kiev. (Credit: Amakuha - Wikimedia)
Pro-Western rally in Kiev. (Credit: Amakuha - Wikimedia)

Takeaways


  • Europe has powerful tools to stabilize Ukraine. It can offer three things – access, money and advice.
  • The psychological impact of granting Ukrainians visa-free entry to the EU could be significant.
  • The right to work freely in the EU would be a major safety valve for the Ukrainian labor market.
  • A coalminer's daughter from east Ukraine, studying a year in Paris would strengthen pro-European sentiment back home.
  • An orderly default on some Ukrainian debt need not be a political taboo, including debt held by Russian institutions.
  • Support for Ukraine needs to be generous and conditional. But the conditions have to be set wisely.
  • Years of mass unemployment in Donetsk are not what Europe needs to keep the situation calm.
  • Europe should send the architects of successful Estonian & Slovakian reforms to Kiev, with OECD deregulation experts.
  • A Ukraine that becomes a Polish-style success story could set an inspiring example for many Russians.


Having finally mastered the euro crisis, Europe faces a big new challenge: how to stabilize Ukraine. Much is at stake. A stabilized Ukraine would advance peace, prosperity and the rule of law across a major swath of Europe.
In sharp contrast, a weak and crisis-ridden Ukraine would invite Putin to stoke violent unrest and possibly start a war. That would have disastrous consequences, not just for Russia and Ukraine but also for Europe as a whole.
Europe has powerful tools to stabilize Ukraine. It can offer three things – access, money and advice. As a quick rule of thumb, Europe needs to minimize the pain and maximize the upfront gains to be felt across Ukraine. This applies especially for strategically contested Eastern Ukraine.

Access: Trade, travel and jobs

The European Union is the world’s biggest single market and one of the most attractive places to work in the world. Offering access to itself is the EU’s trump card.
Trade: The envisaged fast-track abolition of virtually all tariffs on Ukrainian exports to the EU is an excellent start. If that is worth up to €500 million per year for Ukraine, as the EU claims, it would make a difference. Still, that would amount to just 0.4% of Ukrainian GDP. Europe needs to go far beyond that and soon.
Travel: Visa-free travel to the EU is one of the benefits of belonging to Europe most coveted by those outside. The psychological impact of granting Ukrainians visa-free entry to the EU (or at least the Schengen area) could be significant.
Jobs: Most important, the EU could grant Ukrainians the right to work freely in the EU, putting Ukraine on par with accession countries such as Poland.
This one step would bring the EU and Ukraine much closer. It would be a major safety valve for the Ukrainian labor market at a time of change. And remittances could be a significant stabilizer for Ukrainian living standards. The free movement of labor would strengthen ties between the EU and Ukraine in a myriad of small ways and help Ukraine transform itself over time.
Education: As a subset of facilitating travel, students from Ukraine must be enabled to study abroad in Europe more easily. Studying abroad broadens horizons. The EU should offer Ukraine an Erasmus program of student interchange writ large.
Getting a coalminer’s daughter from Donetsk, in Eastern Ukraine, to study a year in Paris could do wonders to strengthen pro-European sentiment back home. Moscow just isn’t a match for Paris or Barcelona.
In enhancing and advancing its association agreement with Ukraine, the EU needs to take one precaution, though. The economic parts of the agreement with Ukraine should not impose obligations on Ukraine which could artificially disrupt Ukrainian exports to Russia. 25% of Ukrainian exports go there.

Money: Modest amounts go a long way

Ukraine is a sizeable country with 44 million people. But because it has been badly mismanaged, its economy remains small. With a GDP of roughly 1.4% of that of the Eurozone, Ukraine trails Portugal and Ireland.
Modest amounts of money, probably well below the €30-35 billion which Russia reportedly wasted on Sochi, could go a long way in Ukraine. As part of a comprehensive Western support program, an orderly default on some Ukrainian legacy debt need not be a political taboo, including possibly on legacy debt held by Russian institutions.

Advice: Reforms rather than austerity

Support for Ukraine needs to be generous and conditional. But the conditions have to be set wisely. One of the worst mistakes Europe could make would be to impose a standard IMF-style austerity program on Ukraine.
First, Ukraine needs institutional reforms, a clampdown on corruption and a focus on the general rule of law much more than any macroeconomic adjustment.
Second, Ukraine’s political situation is far too fragile to impose years of Portuguese-style or even Greek-style fiscal pain on the country before the gains finally become visible, as they now do in Portugal and – to some extent – in Greece.
Years of mass unemployment in Donetsk are not what Europe needs to keep the situation calm. At least in addition to the macroeconomic experts of the EU/ECB/IMF troika, Europe should send the architects of the outstandingly successful Estonian and Slovakian post-Soviet reforms to Kiev, backed up by OECD deregulation experts.
After years of corrupt mismanagement at the top, Ukrainian institutions are weak and inefficient. To the extent that Europe and the IMF can help to shape rules and institutions in the new Ukraine, the focus should be on simple rules that are easy to administer.
    ■   Simple rules are often more efficient. More important, they offer less scope for corruption even if, in their simplicity, they may not do justice to all special cases. A flat tax along the initial Slovakian lines is just one example.
    ■   Part of the structural reforms ought to be the opening up of monopolies.
    ■   To discourage the wholesale waste of energy, mostly imported from Russia, prices for gas may need to rise in Ukraine. But the focus should be on getting incentives right more than on plugging a fiscal hole. The socially vulnerable majority of those hurt by costlier heating should be compensated by targeted direct subsidies or offsetting tax cuts.

Ukraine has macroeconomic imbalances. Its current account deficit amounts to 6.8%, the fiscal deficit stands at 5.2% and public debt is 41% of GDP (2013 estimates). But with access to Europe, pro-growth structural reforms and a better incentive structure, these imbalances can narrow over time without drastic upfront austerity.
Under an ever more autocratic Putin, Russia’s fragile petro economy is on a gradual but inexorable decline unless an unexpected surge in raw material prices were to interrupt the process for a while. Over time, Russia will look ever less attractive to those Ukrainians who may still be torn between Putin and Europe.
The challenge for the EU is to manage the Ukrainian transition in a way that more and more Ukrainians feel the benefits of joining the European mainstream fast.
Putin could win any military confrontation on the ground easily for now. But if Europe plays its trump cards wisely, it can and will win the competition for hearts and minds, which ultimately matters much more.
In the end, the example of a Ukraine that gradually turns itself into a Polish-style success story could set an inspiring example for those many Russians who – like their Ukrainian counterparts – yearn for the free and prosperous life under the rule of law which only Western-style democracies can offer.
________________
Obs: Se assim for, a estabilização da Ucrânia funcionará como uma espécie de milagre necessário para a actual União Europeia - que se encontra moribunda, sem força internacional e profundamente dependente e enredada no interesse nacional germânico de que urge escapar. Desse modo, recuperar a Ucrânia exigiria duas coisas desta miserável Europa conduzida por Barroso: 1) encontrar energias alternativas para dispensar a dependência do fornecimento de gás russo à Europa; 2) e dissolver a hegemonia alemã que tem oprimido a concepção, desenvolvimento e execução das políticas económicas e financeiras europeias. 
Bem vistas as coisas, e de forma perversa, se calhar é a dificuldade da Ucrânia em sair da esfera de influência russa (que doravante pretende redesenhar a sua doutrina da soberania limitada imposta ao tempo de L. Brejnev) - que constituirá o catalizador político conducente à reforma e consequente salvação da actual União Europeia. 

Etiquetas: , , , , , , , , ,