quarta-feira

Passos Coelho = coveiro de Portugal


A motivação, o estilo, a atitude e os comportamentos de Passos Coelho, por acção e omissão, ao longo destes últimos 4 anos evoca-me a acção daquela empresa que estava a dar prejuízo e os funcionários sentiam-se profundamente desmotivados. Era preciso fazer algo para reverter o caos, mas ninguém queria (ou sabia!!) tomar decisões acertadas, ou seja, em alternativa à austeridade que empobreceu Portugal e os portugueses e foi muito além do programa/memorando da Troika. 

Ao invés, o pessoal apenas protestava, queixando-se de que as coisas estavam péssimas e de que não havia perspectivas de progresso na empresa, ou seja, no país. 

Um dia, quando os funcionários chegaram à empresa, encontraram na porta um cartaz no qual estava escrito: faleceu ontem a pessoa que impedia o crescimento da empresa. Está convidado para o velório, no pavilhão desportivo.

Todos ficaram cheios de curiosidade, para saber quem andava a impedir o desenvolvimento da empresa, aqui simbolicamente representado num país de 9,5 milhões de pessoas, pois o meio milhão restante foi obrigado a emigrar pelo XIX Governo (in)Constitucional.

E foram lá ver. À medida que os trabalhadores se aproximavam do caixão, a excitação aumentava:
- Quem será que  andava a impedir o meu progresso? O progresso da empresa? No fundo, o desenvolvimento de Portugal?!

- Ainda bem que esse infeliz morreu...
Um a um, agitados, os funcionários aproximaram-se do caixão, olhavam lá para dentro e engoliram em seco, ficando, de seguida, no mais absoluto silêncio, como se tivessem sido atingidos no fundo a alma. No interior do caixão, tinha sido colocado um espelho.

- A mensagem atingiu todos (todo aqueles que votaram numa coligação contra-natura e que atingiu mortalmente a economia e a sociedade portuguesas): só existe uma pessoa capaz de limitar o seu crescimento, o da empresa e, por maioria de razão, o do país. Você mesmo.

- E estando Portugal em perigo, e não apenas milhares de empresas/PMEs que integram cerca de 90% do tecido económico nacional, é cada um dos eleitores - e todos no seu conjunto - que têm a obrigação - e o dever (ético-moral e político!!!) de substituir a gente que andou nestes 4 anos a destruir Portugal.

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BES "bom": Narrativas da Fraude Política. A dupla Silva & Passos Coelho


Nota prévia: Narrativas da Fraude Política

- Em primeiro lugar, o sr. Silva, de Boliqueime, aconselhou vivamente os clientes a reinvestirem as suas aplicações no banco do amigo Ricardo, cabendo-lhe a ele, ainda PR, o papel de notário do banco daquele que durante décadas financiou as campanhas do PSD, e de cavaco em particular;

- Em segundo lugar, Passos e o seu vice - aprovaram à pressa, num Domingo, legislação que permitiu ao BdP "partir" em dois o BES e dividi-lo artificialmente em "BES bom" e "BES mau" (activos tóxicos), deixando na desgraça milhares de clientes (pessoais e institucionais), pelo que este Governo, ainda em funções, foi o principal responsável pela situação fraudulenta a que o BdP chegou para sanear o BES e, ao mesmo tempo, deixar à beira de um ataque de nervos todos os clientes lesados, dentro e fora do país. 

- Agora, um documento da Comissão Europeia vem dizer aquilo de que estamos carecas de saber, mas que o alegado PM, juntamente com o seu Vice-pantomineiro, Portas, que nem uma palavrinha profere sobre tão delicado assunto, ou seja, que os prejuízos irão ser "democratizados" pelo zé povinho, quando foi garantido ao país que tal prejuízo não viria a ocorrer.

A mentira tem a perna curta, mas Passos é filho dela e replica-a como cogumelos venenosos.

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Novo Banco. Bruxelas admite custos para contribuintes
Fotografia © Pedro Rocha / Global Imagens

Documento técnico avisa que os contribuintes portugueses podem vir a suportar eventuais perdas do Novo Banco, cenário que o Governo tem rejeitado. Fitch diz que adiar a venda prejudica setor bancário.

Um documento técnico divulgado pela Direção-Geral de Economia e Finanças da Comissão Europeia adverte para a possibilidade de os contribuintes portugueses virem a suportar eventuais perdas do Novo Banco.
As autoras do estudo sobre a resolução transfronteiriça de bancos -- no figurino de "documento de discussão", que não vincula a Comissão Europeia, tendo apenas o propósito de ser um contributo para debates -- incluíram na análise o caso da resolução do BES (Banco Espírito Santo).
A este propósito, explicam que, face às soluções decididas pelo Governo, designadamente a criação de um Fundo de Resolução para a constituição do capital do Novo Banco, parte de eventuais futuras perdas desta instituição poderão ter que vir a ser suportadas pelos contribuintes. (...)
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terça-feira

Maria luís Albuquerque: a boa aluna do governo agiota alemão

Ei-la: a "boa aluna" do governo [agiota] germânico. 

- Não hesitou em fazer os famosos contratos swaps lesando o erário público em centenas de milhões de €uros;

- Não hesitou em fazer contabilidades criativas para manipular as contas públicas em contexto eleitoral;

- Não hesitou em afirmar que os "cofres do Estado estão cheios" enquanto a taxa de desemprego real ronda os 20% e há meio milhão de portugueses emigrados, além do tecido económico estar destruído, especialmente ao nível das PMEs, que constituem cerca de 90% do tecido económico nacional.

- Conclusão: o método é a mentira compulsiva como narrativa justificativa da situação.

- A motivação - radica na manutenção no poder, custe o que custar, sacrificando o interesse nacional e a qualidade de vida dos portugueses. Gente assim não deve merecer a confiança de nenhum português.



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Não sejam piegas, não vivam acima das possibilidades...

Não sejam piegas, nem vivam acima das vossas possibilidades...
- terá afirmado o alegado pm -

- Sim, devolvam os golf, os polos, os sirocos, os ibizas, os beetles, os seat, os leons e o mais. E os Audisssssssssssssssss...

- Devolvam-nos todos, porque o"zé povinho" quer é motores com mais cilindrada, que consumam menos e, de preferência para o Fisco, que paguem mais Imposto de Circulação. A Mª Luís Albuquerque e Paulo Núncio agradecem. 

- Vá, não sejam piegas, comprem um Aston Martin. Se não tiverem dinheiro, peçam um empréstimo à CGD ou ao "Banco bom" do Ricardo, que foi certificado por Cavaco Silva, lapsos Coelho e Carlos Costa, do BdP, com os resultados que os portugueses, do continente e da diáspora, já conhecem. 


Aston Martin One-77


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Audi também brincou ao "efeito de (es)Tufa

Nem "tu" AUDI.


- Em breve até os carrinhos de colecção da matchbok que temos estacionados nas prateleiras da memória serão parte do problema, pois concluiremos que também foram adulterados.
- Ora, como a Autoridade Tributária - obediente às directrizes de Mª Luís Abuquerque, ao portista Paulo Núncio e Passos Coelho - andam a ofertar Audi A4 aos contribuintes por via da e-factura, será de admitir algumas correcções nesta matéria. Ou não?!

Que se LIXE o AMBIENTE.
Que se lixem as eleições!!!

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Audi confessa fraudes e junta-se à Volkswagen, Seat e BMW

Há mais uma gigante do mundo automóvel a confessar fraudes nos carros a gasóleo. Mercado europeu é o mais afetado pelas vendas de carros alterados.

As dificuldades para o grupo Volkswagen continuam a agravar-se. Depois da Seat, a Audi tornou-se a segunda subsidiária do grupo Volkswagen a admitir a venda de carros a gasóleo com motores alterados para esconder as verdadeiras emissões de gases poluentes.(...)
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segunda-feira

A política é uma grande porca. Evocação de Rafael Bordalo Pinheiro

Evoc. de Rafale Bordalo Pinheiro

- Da série: o gesto é tudo. Tudo!!!
É por causa de coligações oportunistas desta natureza que a política e os agentes políticos perderam toda a credibilidade à luz do povo. 


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Portas foi ver os aviões com Maria Luís e até Sócrates apareceu

Fotografia © Filipe Amorim / Global Imagens

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Evocação de Peter Falk - O detective Columbo -




Em 1971, conheceu o papel de sua vida: o detetive Columbo, com quem conviveu por mais de três décadas, na série e em filmes feitos para TV. O humor mordaz do personagem, seu eterno sobretudo bege, o Peugeot 403 e o charuto inseparável valeram a Peter Falk sucesso e fama. O olho de vidro do ator se tornaria a grande marca física de Columbo, na medida em que intensificava a imagem esdrúxula e desleixada do detetive.
O primeiro episódio de "Columbo" foi dirigido por ninguém menos que Steven Spielberg, na época com 25 anos. A última vez em que o ator interpretou o papel foi em 2003. Por conta do programa, Falk concorreu dez vezes ao Globo de Ouro, estatueta que ganhou em 1973, e venceu quatro prêmios Emmy, o Oscar da TV norte-americana.(...)
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Evocação de Milan Kundera e Boris Vian


Existe uma parte de todos nós que vive fora do tempo. Talvez só tomemos consciência da nossa idade em momentos excepcionais, na maioria do tempo não temos idade.

- M. Kundera

O que conta não é a felicidade de toda a gente, mas a felicidade de cada um.
Boris Vian


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domingo

O processo de fabricação do fingimento da colig. Paf - visto por Pessoa -


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Numa categorização simples e de fácil apreensão Pessoa dividiu assim esses dois processos de construção do real e do fingimento. Com extrema facilidade o aplicaríamos ao comportamento de alguns actores políticos, hoje em plena campanha eleitoral, mormente à coligação Paf que, sem um pingo de vergonha na cara, pretende branquear 4 anos de saque fiscal e esbulhos vários, compressão do emprego e dos salários, emigração compulsiva de jovens qualificados, desmantelamento da saúde e da educação através das maiores arbitrariedades contra pessoas, famílias e empresas, e em violação grosseira da lei e da lei das leis - a Constituição da República Portuguesa.

Valeu-nos, in extremis, os vetos do Tribunal Constitucional. 

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Um devaneio desassossegado. Re-evocação de Pessoa




Porque é sempre estimulante citar Pessoa, regressamos febrilmente a ele, como quem reclama poesia ao Sábado e só apanha uma miragem da memória...

Assim, e cito: Devaneio entre Cascais e Lisboa. Fui pagar a Cascais uma contribuição do patrão Vasques, de uma casa que tem no Estoril. Gozei antecipadamente o prazer de ir, uma hora para lá, uma hora para cá, vendo os aspectos sempre vários do grande rio e da sua foz atlântica. Na verdade, ao ir, perdi-me em meditações abstractas, vendo sem ver as paisagens aquáticas que me alegrava ir ver, e ao voltar perdi-me na fixação destas sensações. Não seria capaz de descrever o mais pequeno pormenor da viagem, o mais pequeno trecho de visível. Lucrei estas páginas, por olvido e contradição. Não sei se isso é melhor ou pior do que o contrário, que também não sei o que é.
O comboio abranda, é o Cais do Sodré. Cheguei a Lisboa, mas não a uma conclusão. 

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sábado

Karminsky Experience Inc. - Departures

Sonoridades do outro mundo para ouvir neste. 



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Vital Moreira defende que coligação morre no dia 4 Outubro e não passa duma barriga de aluger

Nota prévia: PSD e Cds apenas se encontram coligados para ganhar na secretaria o que não lhes seria permitido ganhar no terreno caso concorressem separadamente. Na prática, Psd e cds, elegeriam menos deputados do que de forma coligada. Eis o truque desta coligação contra-natura e "irrevogável", apenas vocacionada para a captura e manutenção do poder. Em todo o caso, é sempre útil perceber  esta pequena lição de direito constitucional de Vital ao jovem inepto, que desenhou um programa governamental, de nome "Vem" - de regresso aos imigrantes e que foi um rotundo fiasco, em linha,aliás, com as demais políticas públicas do XIX Governo (in)Constitucional que ora definha e será liquidado definitivamente a 4 de Outubro próximo. 

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A coligação acaba na noite eleitoral, diz Vital. Nem por isso, afirma Lomba


A coligação acaba na noite eleitoral, diz Vital. Nem por isso, afirma Lomba


O constitucionalista reafirmou esta ideia num texto publicado no blogue Causa Nossa, depois do secretário de Estado adjunto, Pedro Lomba, ter defendido (noutro blogue, no Público) que "Vital Moreira não tem razão" porque "o que conta é o número de mandatos" - uma vez que, defende o governante, a Constituição protege "o valor da estabilidade e da governabilidade e esses apuram-se pelo apoio parlamentar" e porque "toda a prática constitucional vai no sentido do número de mandatos".
"O que conta é o número de mandatos saídos das eleições - fui eu que o disse", insiste Vital Moreira. Mas "a coligação eleitoral é uma simples barriga de aluguer, que só serve para tirar vantagem da concentração eleitoral para eleger mais deputados do que os partidos elegeriam separadamente".
"Lomba contesta que as coligações eleitorais terminem com a eleição", assinala Vital, que diz que "isso não é matéria de opinião". E argumenta: "Elas caducam com a eleição porque assim o estipula o art. 22.º da lei eleitoral - norma que manifestamente ele ignora (o que arruína toda a sua argumentação) - e porque a simples lógica assim o impõe, uma vez esgotada a missão da coligação eleitoral. Isso vale para a [Portugal à Frente] e para a CDU, como valeu para todas as coligações eleitorais anteriores." Este exemplo, que não é consensual (ver entrevista), remete para o facto de a Coligação Democrática Unitária acabar sempre nas noites eleitorais: no Parlamento, PCP e Verdes formam bancadas autónomas.
Luís Montenegro, líder da bancada parlamentar do PSD, desvaloriza o tema e remete a discussão "para académicos": "Pode-se teorizar sobre tudo." O objetivo, sublinha ao DN, "é que a coligação obtenha mais de 115 deputados na Assembleia". Também Marco António Costa, vice do PSD, diz que "não é uma preocupação agora presente. No dia 5 de outubro pensaremos nisso".

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Narrativas politicamente assassinas

Ouvir o sujeito que alegou desconhecer as prestações à segurança social (contribuindo para a arruinar) reclamar maioria absoluta é como perguntar à vítima se quer morrer por asfixia ou à facada.

Urge que os portugueses sejam os actores da história, e não vítimas dela.

Vou agora pedir uma foto ao lobo Antunes para encimar esta nota.

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quinta-feira

Católicos deste Governo não deviam comungar - É sacrilégio -

Católicos deste Governo não deviam comungar"

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PS: Digamos que a fé da dupla de farsantes ainda em S.Bento é, tão somente, uma: empobrecer os portugueses através dum regime de austeridade para tirar ao Estado todos os seus recursos e vendê-los a baixo custo às empresas amigas do sector privado, para onde vão depois trabalhar como administradores, e sem que daí resulte qualquer benefício para a economia nacional. É a aplicação da lógica selvática neoliberal sem que a política, a sociedade e a economia nacionais ganhem algo com esse programa ideológico de destruição literal do Estado. 

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Nota prévia: É lúcida esta reflexão simples de Paulo Baldaia, colocando os portugueses na posição de saber quem não querem em S. Bento, além de fazer uma distinção interessante na forma como as sondagens são registadas em contexto de campanha do registo que assumiram no dia 4 de Outubro. E conclui da forma mais realista possível, ou seja, a coligação Paf será corrida de S. Bento e dos ministérios - sem apelo nem agravo. 

E quando isso se confirmar não é apenas a dupla de farsantes Pedro & Paulo que é desnudada, são também as empresas de sondagens que perdem imensa credibilidade. 

Aguardemos, pois, por essa mega-sondagem que se realizará dia 4 de Outubro de 2015. 


Um tira-teimas fatal, mesmo que o país depois precise de obrigar a esquerda a coligar-se para formar Governo ou encontrar uma fórmula para assegurar uma maioria parlamentar para tornar o país governável. 

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O voto influenciado pelas sondagens



TSF

As sondagens erram muitas vezes no dia das eleições porque estavam certas nos dias de campanha. Na verdade, o que as sondagens nunca poderão saber é o que os próprios eleitores ainda não sabem. Por isso, o que os estudos de opinião vão ter procurar conhecer com mais exactidão, em futuras eleições, é o tipo de dúvida dos indecisos.
Entre os que ainda nem sequer decidiram se vão votar e os que tendo como certo que o vão fazer, mas não sabem em quem, há uma grande diferença. E entre os que vão votar, mas não sabem como, pesa mais o factor negativo. Ou seja, há muita gente que já sabe com toda a certeza quem não quer no governo, embora esteja longe de decidir a quem vai confiar o seu voto. Este factor negativo é ainda mais evidente entre os que estão na disposição de deixar de votar, porque "eles são todos iguais". Os indecisos é que não são todos iguais.
Dito isto, retomo a questão do voto útil. É evidente que uma eventual vitória do PS se joga cada vez mais no voto contra a vitória da coligação, entre indecisos que vão votar à esquerda mas não sabem ainda em quem. É preciso perceber igualmente que a coligação também procura o voto útil entre os indecisos, que sabem que não querem o PS no governo, mas que não sabem ainda se vão votar. Toda a campanha da PAF assenta na mobilização deste eleitorado que teme o regresso da instabilidade.
Parece lógico que, com sondagens que empatam as candidaturas, a probabilidade de uma vitória do PS é superior à probabilidade de uma vitória da PAF. Em primeiro lugar porque é mais fácil cativar o voto de quem já decidiu votar, do que o voto de quem ainda não decidiu se o vai fazer. Em segundo lugar porque os estudos de opinião também mostram que a maioria dos portugueses avalia negativamente o actual governo, o que significa que entre os indecisos também deverá existir esta maioria.
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António Vieira e os submarinos



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Evocação do mestre António Vieira


Dizem que temos valor (os portugueses), mas que nos falta dinheiro e união; e todos nos prognosticam os fados que naturalmente se seguem destas infelizes premissas.


Cartas

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Sócrates ao pé de Passos & Portas é um menino do couro

Nota prévia: Há inúmeros aspectos da vida do ex-PM que é difícil de explicar, especialmente não se lhe conhecendo fontes de rendimento ou heranças que justifiquem 20ME, mas uma coisa parece ser já segura: a forma como a investigação foi prosseguida pelo super-juíz de Mação, é tudo menos pacífica. 

Estou muito curioso para conhecer a consistência das alegadas provas e do modo como a defesa se irá defender e justificar daquilo que será justa ou injustamente acusada. 

Rui Rangel, o juiz-desembargador, que aqui passa um atestado de nulidade ao juiz carlos Alexandrino, o virtuoso, aparece aqui muito bem acompanhado pelo Pre António Vieira. 

Veja-se a citação a que recorre, porque ela, de per se, resume o modus operandi do tal juiz de Mação - que deveria saber direito e aplicá-lo correctamente, e não privar o arguido de se defender e de conhecer os fundamentos da acusação. O Santo Ofício não deverá continuar a servir de guia, salvo que o Juiz de Mação...

O juiz Alexandrino, pelos vistos, ainda não sabe a definição do que é um Estado de direito e do que isso implica em matéria de direitos, liberdades e garantias. 

Mas convinha explicar a origem do dinheiro e de como ele foi parar ao ex-PM. A bondade hiper-generosa de um amigo não é elástica e não poderá justificar tudo. Ou pode?!
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Caso Sócrates: Relação com duras críticas à investigação. 



Ao que a TSF conseguiu apurar, à parte essa citação, que fecha o acórdão da relação de Lisboa, Rui Rangel diz ainda que "é pena que entre nós não exista a cultura de que uma acusação será mais forte e robusta, e, sobretudo mais consistente, consoante se dê uma completa e verdadeira possibilidade ao arguido de se defender, e que não seja vítima de truques e estratégia do investigador".
O juiz desembargador Rui Rangel, que assina esta primeira vitória da defesa do antigo Primeiro-minstro, defende ainda que o arguido deve ter "conhecimento cabal dos factos e das provas que lhe são imputados em sede de investigação, não fazendo com que o segredo de justiça sirva de arma de arremesso ao serviço da ignorância e do desconhecido."
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Evocação de Van Gogh - O terraço do café à noite -

o café no qual Van Gogh se inspirou para pintar esta obra



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Realidades irrevogáveis...


... Que  merecem ser fortemente CASTIGADAS dia 4 de Outubro de 2015. 

Sete, vírgula dois incompetentes



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As sondagens andam loucas e excêntricas


As sondagens made in Portugal, ou algumas delas, continuam apostadas em registar - de forma alegadamente representativa - o universo da opinião da intenção de voto dos eleitores fazendo supor que os portugueses não vivem em Portugal, mas na Suíça, e que têm um Estado social à "nórdica", têm boas estradas, boas pensões, bom acesso à educação e saúde, pagam poucos impostos e gozam duma elevada taxa de emprego. 

As sondagens à portuguesa tiveram um "bom" guia: a coligação Paf - liderada por Lapsos Coelho e o seu Vice-torpedeiro, o "irrevogável" Portas. Estes também não são de cá, são de Marte, caso contrário, e se tivesse um pingo de vergonha, na cara nem sequer apareciam frente ao eleitorado, a quem esbulharam as reformas, as pensões e degradaram todos os indicadores socioeconómicos que agravaram a qualidade de vida dos portugueses. 

No fundo, as sondagens estão em linha com o ainda Governo, e este é uma extensão daquelas. Não são para levar a sério, excepto no dia 4 de Outubro, essa será a grande sondagem que nos dará o filme dos acontecimentos, e não uma fotografia tosca, parcial e partidariamente orientada.

Já sabemos que os portugueses são tolinhos, mas não tanto...
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Um rombo no porta-aviões - por Pedro Adão e Silva -

Um rombo no porta-aviões


Os dados hoje reportados pelo INE relativos ao défice de 2014 e à execução orçamental do primeiro semestre de 2015 são um autêntico rombo na credibilidade da coligação PàF, precisamente numa dimensão em que assentava uma parte essencial da afirmação política da dupla Passos Coelho/Paulo Portas - a boa gestão das contas públicas. 
Os dados hoje confirmados servem para revelar, uma vez mais, que o Governo foi incapaz de cumprir uma única meta relativa ao défice ou à dívida ao longo da legislatura. O que, de facto, aconteceu foi que foram cumpridas metas revistas e renegociadas, mas nunca as originalmente definidas.
Como se tal não fosse suficiente, enquanto o porta-aviões das contas públicas começou a meter água, ficaram claros os efeitos do BES e a incapacidade de concretizar a estratégia de consolidação orçamental para 2015 (o tal ano em que a sobretaxa seria parcialmente devolvida).
A resolução do BES, que não teria custos para os contribuintes, tem, para já, um impacto orçamental em 2014, mas não deixará de ter impacto no futuro. Hoje sabemos que a resolução do BES colocou o défice de 2014 em 7,2%, mas ainda não sabemos o impacto da resolução no défice de 2015, por força das necessidades adicionais de capital, e nos anos seguintes, consequência dos custos de litigância e eventuais novas necessidades de capital.
Não menos grave é a forma como fica exposta a ilusão alimentada há um ano. O que era imperioso - vender depressa - revelou-se impossível e agora até é visto como uma vantagem. Passos Coelho, demonstrando uma inclinação imparável para reescrever a história ao sabor de cada momento, disse mesmo, hoje, que "quanto mais tempo demorar a vender o Novo Banco mais juros o Estado recebe desse empréstimo" (sic). No fundo, a dívida já não é só para ser gerida, é mesmo para ser aumentada, pois o Estado pode beneficiar dos juros. Podia só ser insólito, mas, como acabaremos todos por descobrir, é bem mais do que isso.
Para o fim, a execução orçamental de 2015. Em Julho, o primeiro-ministro garantia que o défice ficaria este ano "claramente abaixo dos 3%". Sabemos hoje que só no primeiro semestre o défice atingiu 4,7% do PIB, o que inviabiliza os 2,7% previstos para o final do ano. Agora, para cumprir a meta, seria necessário ter um défice inferior a 1% na segunda metade do ano. É fácil perceber que não será alcançado.
Infelizmente há uma outra coisa que sabemos sobre porta-aviões. As reparações são complexas e também muito dispendiosas. É isso que vai sobrar para o dia 5 de Outubro.
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terça-feira

O triplo desafio (existencial) de António Costas nestas eleições legislativas

O tempo urge para António Costa e o PS...

António Costa tem nestas eleições legislativas um triplo objectivo: 1) bater a coligação Paf, que agravou as condições de vida de 9 milhões de portugueses (por via fiscal e através de políticas públicas ruinosas e desastradas e selvaticamente ultra-liberais), e expulsou meio milhão de portugueses qualificados borda fora; 2) demonstrar que terá um score eleitoral nas legislativas superior àquele a que António José Seguro teve nas europeias; 3) e que é capaz de conciliar o PS consigo próprio, volvido o acto doméstico e intestino doloroso de substituição de Seguro, além do distanciamento do legado de Sócrates por força do processo judicial que o sequestrou por uma justiça opaca, lenta, incompetente e irresponsável. 

Estas três razões exercem uma grande pressão política, mediática e temporal sobre A. Costa. Sendo que a segunda e a terceira dependem, objectivamente, do eficiente desempenho da primeira razão, ou seja, se A.Costa não conseguir ganhar as legislativas tudo lhe cairá encima, como um obelisco em queda livre: a coligação que destruiu o tecido económico e social do país, Seguro e, mais tarde, Sócrates e os socratistas - que não lhe perdoarão este afastamento pessoal nesta fase delicada que coincidiu com o regresso a casa de Sócrates. 

As sondagens, sendo fotografias estáticas da realidade, e, porventura, pouco fiáveis, não são famosas para o PS de A.  Costa, já que a vantagem relativa do PS sobre a danosa coligação Paf é escassa, com a agravante de o eleitorado do PCP ser conservador e quase inamovível; e o eleitorado do BE, pela excelente prestação televisiva de Catarina Martins - está não apenas a ser bem defendido como também prenuncia um crescimento no seu número de mandatos na Assembleia da República.

Algumas razões podem estar na base desta não descolagem do PS nas sondagens, que valem o que valem, sublinho. A substituição interna dolorosa no PS, que atirou Seguro pela janela da sede do partido, no Largo do Rato e em directo; alguns erros lamentáveis de campanha, conhecido de todos, em especial a estória dos famosos "cartazes" e de quem neles aparecia; e a incapacidade de A. Costa, como à partida se afiguraria mais fácil, conquistar eleitorado descontente ao PSD e também aos descontentes mais à esquerda, em especial junto do eleitorado mais flexível do PCP que aprecia o comportamento político de A. Costa - e que até o ajudou na CML - e que faria voto útil no ex-edil da capital. 

Neste quadro complexo em que Costa navega, qual bossa do camelo, dois caminhos podem emergir neste mapa das legislativas: a vitória relativa de A. Costa, que desmantelará a coligação de direita ultra-liberal mais ruinosa que Portugal conheceu desde 1974, e um desafio para formar governo à esquerda, provavelmente com o BE, já que o Livre, de Rui Tavares, terá um score eleitoral inexpressivo, nem sequer dará para fazer o queijo-limiano doutros tempos... Sorte terá Rui Tavares se tiver tantos eleitores como leitores dos seus interessantes artigos, no Público, já que é um historiador de 1ª água. 

Ou, no pior cenário, em que manifestamente não creio, o PS de A. Costa ser batido pela coligação, mesmo que apenas pelo número de mandatos, obrigando Cavaco a empossar um governo de direita, e Costa ter, de novo, o regresso de Seguro - que lhe apontará  o dedo e, mais tarde, Sócrates e os socratistas que lhe pedirão contas pela hipotética derrota. 

O facto de A.Costa não ter sabido responder, em directo, ao desafio de Passos para negociar com ele a reforma da Segurança Social, deixou o PS algo paralisado. Costa deveria ter dito que Passos jamais estaria em condições de negociar o que quer que seja, porque irá perder as eleições, e a haver negociação para desenvolver essa estratégica reforma para a sustentabilidade intergeracional da segurança social, de cujas prestações o estarola de Massamá alegou desconhecer (por isso, esteve 5 anos a fio sem as pagar!!!) - ela terá lugar entre os actores à esquerda do espectro político, ou seja, entre PS, PCP e BE, nunca com quem contribuiu directa e activamente para minar e descredibilizar o sistema da segurança social, como fez Passos ao ser relapso no pagamento das suas obrigações contributivas. 

O facto de António Costa não ter tido aqui um golpe de asa fez com que, doravante, tenha de radicalizar o seu discurso em campanha eleitoral, mas nisso terá de revelar a maior mestria e ponderação, pois não vá assustar ainda mais o eleitorado do centro com algumas propostas, que é onde se ganham eleições em Portugal. 

De facto, o tempo urge para António Costa. 

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Cavaco, a república e o zé povinho

Da série: Viva a "kultura", que o povo é idiota e paga a factura. 


O Sr. PR, Cavaco Silva, só pensa na reforma de Belém. Ainda não saiu do Palácio Rosa, mas já tem a vidinha salvaguardada, e é assim com todos os ex-PR, não é um exclusivo de e para Boliqueime

Está a cerca de 120 dias de cessar funções de PR, mas irá receber 80% do ordenado de PR, com as ajudas de custo equivalentes às do PM, porque a vida está cara, a electricidade do Mexia aumentou, a água, na capital, também anda pelas ruas da amargura, com um aumento de 130% em taxas e taxinhas, razão por que muitos socialistas não votarão no A.Costa no próximo dia 4 de Outubro.

Mas as benesses do Sr. Silva não ficam por aqui: terá livre trânsito e passaporte diplomático, um gabinete equipado com telefone, mais secretária e assessor da sua escolha e ainda um carro de Estado mais condutor e combustível. 

Talvez segurança, pois haverá muito português sem reforma condigna que acha que foi uma ofensa o que ele disse das pensões de reforma, e, por essa razão, não lhe queiram bem e, num dia de chuva, o apanhem à queima roupa numa artéria da capital e lhe espetem (de espetar!) um poema nas costas, em nome da república, claro está!!

Portugal é, evidentemente, um país pobre. E é por haver (ainda) legislação deste jaez que ainda nos tornamos mais pobres. 

Por cada tipo que engorda e vive à francesa - há sempre uma mancha enorme da sociedade que paga essa factura e empobrece dramaticamente. Com a agravante de nada ter dado à sociedade ou sequer ter contribuído para melhorar o funcionamento e a organização do Estado, da economia e da sociedade.   

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segunda-feira

Evocação de Tony Judt - historiador britânico e conhecedor profundo do séc. XX -

  • Notas prévias referentes a O Chalet da Memória - de Tony Judt - 


O que fazer quando perdemos a capacidade de movimentos, a voz, a respiração e, ao mesmo tempo, temos um conhecimento profundo da sociedade, da política e da economia do nosso tempo, uma imaginação extraordinária e uma memória prodigiosa?!

Poderia bem ser esta a questão de partida que tolheu a vida ao historiador britânico, Tony Judt, quando em 2008 lhe foi diagnosticado a ELA - Esclerose Lateral Amiotrófica - (uma doença degenerativa), que acabou por o vitimar dois anos depois. 

O que impressiona em Judt, é a forma interligada como encadeou factos da política, da sociedade e da economia - em contexto de guerra e pós-guerra - com as suas memórias pessoais, familiares e do seu universo de relações privadas. O que conferiu a este seu pequeno grande livro um testemunho simultaneamente privado e público de boa parte do séc. XX que, em muitos aspectos, ainda têm ressonâncias no nosso tempo. 


Para tentar esquecer a sua dor e do fim que se anunciava, Judt encontrou uma solução: a minha solução tem sido percorrer a minha vida, os meus pensamentos, as minhas fantasias, as minhas memórias, evocações e coisas do género até deparar com acontecimentos, pessoas e narrativas que possa usar para desviar a minha mente do corpo em que está encerrado. Estes exercícios têm  de ser suficientemente interessantes para captar a minha atenção e fazer-me supor  uma comichão no ouvido ou no fundo das costas; mas também têm de ser suficientemente chatos e previsíveis para servir como prelúdio fiável e encorajamento para dormir. (pág. 26).

Noutra passagem, em que disserta sobre carros e da sua importância na vida de seu pai, dou comigo a pensar quantos carros já tive, de que marca, cor e durante quantos anos os tive e por referência a que acontecimentos e vivências com certas pessoas, entretanto desaparecidas pelo rolamento fatal da vida.

Refere a reputação dos carros italianos, bem desenhados, mas não os podiam construir; A Renault, dizia, estava desgraçada pela colaboração activa do seu fundador aos nazis. O Peugeot era uma marca respeitável, mais conhecida pelas bicicletas; os seus carros eram construídos como tanques e parecia que lhes faltava estilo, o mesmo se diria dos Volvos. Opiniões que as pessoas da minha geração também defendiam.

Este historiador, autor duma obra considerável da historiografia contemporânea, memoriza muitos outros assuntos e temas interessantes, relacionando-os de forma ímpar, por vezes de modo labiríntico, mas o que é de relevar foi a determinação revelada em continuar a trabalhar após lhe ter sido diagnosticada a ELA, o que ao fim de meses o deixou tetraplégico, facto que o obrigou a usar um aparelho para respirar. 

Ora, sem se poder mexer, respirando com extrema dificuldade, privado da vox, restava apenas uma faculdade brutal que todos temos, uns de forma mais apurada do que outros: a memória. A ferramenta que focaliza coisas específicas e requer grande quantidade de energia mental, mas que se degrada muito com a idade. Tony Judt - já em condições de saúde precárias, ainda conseguiu reunir forças e talento para ligar pedaços da sua memória íntima, pessoal e familiar aos factos políticos, sociais e economicamente relevantes que ajudam a explicar o nosso tempo, num testemunho ímpar.

Podemos lembrar-nos do primeiro abraço, do primeiro beijo, de um café no jardim, de um refresco numa esplanada sobre o mar, de um cheiro deixado numa peça de roupa e o mais... Fazemos tudo isso com a nossa memória, de modo declarativo e de modo não-declarativo: naquele lembra-nos de que o facto A, B e C tiveram lugar, nesta percepcionamos como tudo isso se desenrolou.

Ou como diria um amigo, entre uma "cápsula do tempo" e um "comboio" - ele preferia sempre um zoom à própria vida a acompanhar com morangos..

Foi isso, com extrema coragem e dignidade, e superioridade intelectual, que Tony Judt fez e nos legou. Por isso aqui o evocamos e admiramos. Por isso fica. 

Assim como ficam outras coisas e outras pessoas que partilham connosco ideias, opiniões, livros e impressões acerca desta breve passagem pela vida. A vida que nos foi dado viver.

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